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Por: Gonçalo Almeida

Romeu

Por: Carina Alves

Julieta

O que farias com um mês de salário do CR7?

    Ganhar o ordenado do Cristiano Ronaldo durante um mês é semelhante, para mim, àquele momento em que a minha avó me dá cinquenta euros quando faço anos para comprar um bolo.

 

    Primeiro nunca sei o que fazer com o dinheiro, segundo acabo por gastá-lo de todas as maneiras menos em bolos. E com um milhão e quatrocentos euros era igual. Não sei o que fazer com ele, nem o gasto como me dizem para gastar: usufruir de serviços de moças que trabalhem a recibos verdes (como qualquer arte que se digne).

   

    Tirando aquela tarde de verão em que ia a passar na estrada da beira rumo a Oliveira do Hospital e duas jovens me abordaram a perguntar se precisava de ajuda. O que veio mesmo a calhar porque o pedal do travão andava com prolemas de óleo, que foi imediatamente resolvido em pelas simpáticas Kátia Alberta e Bruninha Fabiana, nomes profissionais, disseram elas. Jovens com esta competência precisam-se!

 

    Adiante!

 

    Podia ir por dois caminhos distintos: ou gastava o dinheiro num investimento que me possibilitasse ter um futuro retorno como uma pessoa responsável e inteligente, ou ficava em casa com o meu pijama todo ele em pelo de zebra, a beber whisky, comer tremoços e arrotar alto enquanto via moças romenas a serem sodomizadas à bruta por jovens africanos.

 

    Um espetáculo digno de ser partilhado com a vizinhança graças às colunas de última geração que possuía. Perceba-se que todos estes luxos, nomeadamente o tremoço, eram comprados com o ordenado do nosso "menino de ouro".

        

    Mas só um podia ser escolhido! Qual é que eu escolhia? Nenhum. Ou melhor, os dois.

 

    Na verdade, se ganhasse o ordenado do Cristiano Ronaldo durante um mês, era proxeneta, ou chulo, como queiram. Sou um miúdo simples. 

   

    Considerado já 3 vezes pela Fifa o melhor jogador do mundo, Ronaldo conquista todos os meses uma pequena fortuna, uns míseros trocos para o actual detentor da bola de ouro e um sonho utópico para quase todos nós comuns mortais.

 

    Ao som do pimba e entre os artistas mais aclamados do público português, repórteres a provar vinho e enchidos e o João Baião a saltar e a cantar toda a tarde de domingo, já algumas vezes imaginei o quão feliz eu podia ser se ele, o Baião, me ligasse a entregar as barritas de ouro que tanto prometem à chamada vencedora. Se já eu na minha mais humilde inocência ambiciono apenas duas ou três barras amarelas o que poderia eu fazer com os trocos mensais do menino que um dia usava dois brincos de diamante?

 

    Na hora de falar em dinheiro, sobretudo se ele for consideravelmente bastante, de imediato surgem na nossa cabeça coisas como caridade, solidariedade… simplesmente ajudar os mais desfavorecidos. Na verdade era sem dúvida o que eu faria, ajudar alguém que considerasse desfavorecido, e como eu própria não tenho onde cair morta e considere já ter feito bastante caridade devido à simpatia e bondade a que estou sujeita desde criança só os meus olhos iam ver a cor às notas dessa pequena fortuna.

 

    Um carro estiloso para estacionar à frente do café da universidade, uma casa com piscina interior, uma viagem à Polinésia Francesa para tirar fotos para o instagram, malas caras de marcas que não sei dizer o nome, pagar propinas de um curso que já devia ter acabado, por o meu nome a uma estrela ou simplesmente comprar uma ilha, pequenos prazeres que o salário do Ronaldo me podia pagar se fosse meu.

 

    Bati com a cabeça na mesinha de cabeceira e acordei do meu sonho, refleti um pouco e depressa calculei que um único ordenado ainda que astronómico do prestigiado madeirense não conseguiria pagar todos os meus apetites quiméricos. Chorei.

 

    Humilde, modesta, indecisa, bipolar e apologista do tudo ou nada, se não era para poder ter isto tudo então achei que mais valia não ter nada.

 

    O que faria com o dinheiro mensal do pequeno tesouro e orgulho lusitano? Nada. Nada de nada, pois tal como os brasileiros escrevem nas redes sociais onde temos adicionadas pessoas que não nos falam na rua, “se é para ter que seja tudo por inteiro, não se contente com meias coisas”. Como nunca na minha mais efémera existência eu seria capaz de decidir entre a história da estrela e a ilha no pacífico eu fico assim mesmo, pobre como sempre.

 

  

Legalização das Drogas

   - “Fumas?”

   - “Tabaco ou…?”
 

   Pois é colegas, amigos, conhecidos, e leitores de forma geral, calhou-me desta vez abençoar-vos com os meus devaneios em formato escrito. Estou aos poucos a deixar a minha marca por todo este site e projecto, que nem o majestoso cão a marcar o seu território. O que faz com que estejam a ler mijo figurativo. Mas não por isso feito de maneira menos carinhosa.
   Uma mijadinha carinhosa, vá.

 


   O tópico deste “Romeu e Julieta” mexe com drogas e a legalização das mesmas. Porquê? Porque é controverso, e quem está à frente de tudo isto queria alguém com experiência com as mesmas (alegadamente, para efeitos legais) para dar o seu parecer. E vou-vos ser sinceros. Para quê legalizar drogas? Ein? Vamos lá pesar bem as coisas:

 

   Drogas, há-as disponíveis de maneira legal em todos os lugares e feitios. Temos drogas para dormir, temos drogas para acordar, temos drogas para pinar e drogas para pensar. Para a qualidade recreativa, temos a droga mais comum e arrisco-me a afirmar, mais antiga da humanidade, o nosso velho Mr. Booze, para aquecer o goto.

 

   Se há drogas de todo o tipo para todos os efeitos que desejemos, seria de pensar que algumas tenham regras, certo? E eu concordo com isso! Não por uma questão de contenção ou moderação, pois isso sempre teve pouco ou nenhum interesse. Se a ilegalidade das drogas actualmente existisse para salvar a sociedade e
 

“o pessoal não andar todo janado 24 sobre 24”,

 

penso que não existiriam associações como os alcoólicos anónimos.

 

   Não, amigos, refiro-me ao factor “cool”. Vamos falar em concreto da nossa doce maria joana: já imaginaram como deixaria de ter piada se a erva fosse legalizada e pudéssemos apanhar uma moca com os nossos pais? O simples facto de ser permitido e banal, tirava a piada de termos o nosso pequeno pedaço de rebeldia na forma dos fiéis saquinhos de erva, grinders e mortalhas king-size no bolso.

 

   Verdade, a quantidade de acidentes rodoviários, dependência de substâncias pesadas, doenças vasculares, cerebrais e cirroses ia reduzir, se em troca da legalização da erva o álcool fosse ilegalizado, mas não valia a pena, Alá me perdoe! Vivemos num mundo onde tabaco fundido com químicos é “tranquilo” aos olhos da lei, e o álcool é glorificado na publicidade, e uma substancia inofensiva que não causa dependência e com propriedades medicinais (falando estritamente de marijuana, convém relembrar) é considerado o demónio, e raios me partam, se não é aquilo a que subscrevo!

 

   Estamos cada vez mais homogeneizados e eu preciso de me sentir um “bad boy” de alguma maneira.

 

   Somos todos adultos, todos podemos escolher o que usamos e como e quando o usamos, e não vou deixar que me tirem a ultima réstia de rebeldia que tenho contra o sistema, e o sempre imponente “the Man”!

 

   Abaixo com a legalização das drogas!

   Toda a nossa adolescência ouvimos falar de drogas. Não do que realmente interessa! Não somos questionados acerca do impacto do consumo de drogas na sociedade nem se interessam em ajudar-nos a formar opiniões coerentes sobre assuntos como o da legalização. Em vez disso vão às nossas escolas com a desculpa das palestras para nos inundarem de panfletos que em letras bem gordas gritam
                  «DIZ NÃO ÀS DROGRAS!».

 

 

 

   Engraçado que para nós essas palestras eram só mais um alívio para não termos que levar com aquela aula chata de português. E mais engraçado ainda é que o destino daqueles mesmos panfletos era serem rasgados em forma de filtro e enfiados num charro qualquer.

 

   Posto  isto,  manifesto  a  minha  opinião sobre,

precisamente, a legalização das drogas. E como leiga no assunto que sou (porque não me educaram em relação a isso

como já expliquei, e sinceramente porque também nunca me preocupei muito com o tema), só tenho uma coisa a dizer: legalizem lá isso. A sério, não há motivos para não o fazer. Quer dizer, não legalizar é como fechar os olhos ao problema, não podemos controlar algo que há partida não está no nosso comando, e se não é legal não está no nosso comando… (certo…?).

 

   Acho que ficava toda a gente a ganhar. Quem consome não precisava de andar aí a jogar às escondidas – coisa ridícula, ver um adulto a jogar às escondidas sozinho em zona pública – e para quem manda nisto tudo até era benéfico porque não há cá productos e serviços a circularem em nome do estado sem o imposto sobre o valor acrescentado colado na parte de trás. Para quem não consome não muda nada, é ignorado o problema. Já viram, que simples!

 

   Não pensem que me drogo só por dizer que não quero ver pessoas a andarem na rua feitas clandestinas. Sim, faço parte do grupo de pessoas que ignora. A única droga que consumo com bastante regularidade é o tabaco. E isto só acentua o meu sentimento solidário para quem se droga de forma ilegal (ok, eu também me drogo, mas é a destruir os pulmões e de forma legal). Eu não ia gostar que se virassem para mim e dissessem «olha, a partir de hoje o tabaco é ilegal». Acho que ia ficar mesmo muito triste. Nem é saudável para as drogas em si. Elas também se devem sentir tristes. E acredito que tenham problemas entre elas.

 

   Se é para não legalizar, proíbam tudo. Tabaco, café, álcool, tudo! O tabaco deixa-nos os pulmões pretos, o café para além de nos poder deixar loucos da cabeça dá-nos cabo do estômago, e o álcool tem particamente os mesmos efeitos do que o haxixe (falta de concentração, ansiedade, períodos depressivos). Então, voltamos ao início. Porque não legalizar o haxixe se o álcool é legal? Aliás, tenho a certeza que seria mais benéfico para as mulheres deste país os maridos fumarem uns charritos enquanto vêm o jogo do Benfica do que emborcarem cerveja a torto e a direito. Toda a gente sabe que Benfica a perder com álcool à mistura a coisa não corre muito bem…

 

   Querem saber uma coisa? As pessoas drogam-se porque as pessoas gostam do que é proibido, por isso...

  Legalizem lá isso e acaba-se com o problema.

Por: Suse Mary

Por: Miguel Mendes

Julieta

Romeu

Sexo sem Compromissos?!

Por: Flora Fonseca

uma relação estável e duradora, ter filhos e educá-los, comprar casa, etc. Cada vez mais pessoas desistem desta vertente amorosa e germinativa da vida, e passam a concentrar os seus objetivos e aspirações apenas para a vertente profissional, gerando tempo para o lazer e projetos pessoais.

    O compromisso deixa de estar ligado à família e às suas necessidades, que obrigava a manutenção de um emprego e uma vida de poucos riscos, e passa a ser um compromisso exclusivamente com o próprio indivíduo. O que interessa agora é o seu bem-estar, quer físico, psicológico, emocional ou financeiro. Há então uma maior liberdade e disponibilidade para abrir horizontes pessoais e correr certos riscos que de outra forma seria difícil.

    A nível sexual há então uma predisposição geral, e uma maior aceitação para os encontros casuais que resultem em ato sexual, sem qualquer compromisso, onde as pessoas podem satisfazer as naturais carências sexuais e afetivas, libertas de tensão emocional.

    Alguém que seja adepto do sexo sem compromisso, é alguém que não está preparado emocionalmente para assumir uma relação e as responsabilidades que a mesma acarreta, pois é preciso cuidar da outra pessoa. É alguém que cuida de si mesmo: fá-lo de forma racional para própria satisfação e aumento de autoestima.
 

                                    (Sexo sem compromisso)
 

    “Sexo sem compromisso”, “amizade com benefícios”, “one night stand”, “sexo casual”, independentemente de como lhe chamemos, as regras são simples: envolvimento sexual fora de qualquer tipo de relação, isto é, sem a componente psico-emotiva relacionada com a paixão. Trata-se de satisfazer meramente um desejo físico atrativo, natural e hormonal, geralmente espontâneo.

    Acontece quando duas pessoas estão disponíveis, em concordância e com vontade de fazer sexo. Questões como ciúme, compromisso, expectativas, traição e troca de favores naturais do Romance, estão proibidas. É importante que as duas pessoas estejam esclarecidas quanto às regras do envolvimento.

    Pode acontecer sempre com pessoas diferentes, repetir com as quais a experiência foi mais intensa, ou até mesmo manter um ou vários parceiros sexuais sem a componente emocional.

    Por norma, e tendo em conta que valores tradicionais ainda estão bastante incutidos na sociedade, sites, janelas de chat, aplicações para android e iphone, páginas de jornais e revistas, certos bares, servem de base para encontros de pessoas que partilham o mesmo desejo e interesse pelo sexo casual.
 

                                        (Sê racional!)
 

    Há coisas às quais não podemos fugir, desejo sexual é uma delas, porquê não o satisfazer? Prudente e conscientemente.

    É preciso uma pré-disposição para se estar numa relação, para se deixar levar pelo emocional e entregar-se de corpo e alma para amar alguém, no sexo casual não é diferente! É também necessário uma pré-disposição para explorar o próprio corpo e o do outro, de forma intensa, sem se envolver emotivamente, sem rasto de carinho ou aversão, o que nem sempre acontece.

    É preciso maturidade! Sexo sem compromisso não é livre de infeções ou vírus, muito menos de uma gravidez inesperada.

    É preciso uma consciência do nosso ser e das nossas necessidades em geral, e principalmente, é preciso honestidade, tanto para com o outro, como para nós mesmos, até porque se realmente gostarmos ou admirarmos a pessoa, até que ponto chegaria uma relação estritamente sexual?

    Não limite os seus desejos, viva, opte, pense, seja realista, o que é melhor para si agora?

    Ao longo da História da Humanidade, várias foram as modas e os estilos de vida que surgiram e desapareceram, até se repetiram, acompanhando sempre a realidade, o ritmo e as exigências da sociedade em geral.

    Atualmente assistimos à era do culto ao individualismo. A crise que vivemos influencia a vários níveis a vida pessoal de cada um, inclusive, e não menos importante, a sexual. De há uns anos para cá o emprego é escasso, as exigências no trabalho aumentaram, há cada vez mais pobreza, menos poder de compra, o que leva a uma motivação menor e desgaste psicológico maior, que se reverterá em piores ambientes familiares, profissionais, e obviamente sexuais, resultado do efeito bola de neve.
    A consciência geral sabe que está difícil fazer planos a dois, manter 

Julieta

Por: Eric Vidal

Romeu

    Há um tema que me dá sempre certo gozo falar, independentemente da altura do ano. Sem grande nota de suspense vou debruçar-me sobre sexo. Especificamente em sexo sem compromisso. Para além de toda a discórdia que por aí anda, devo dizer que é uma coisa porreira. E prazerosa, também.

    Nestes tempos que correm, tornou-se habitual teorizar sobre este assunto. Vantagens, desvantagens, levar do namorado se for apanhada, tudo dá aso para a maior das teorias e verdades absolutas. Mas é também por aí que nasceu o termo fuck buddy, ou “queca habitual”, para os mais leigos. É basicamente andar numa de all night stand. Isto vale para todos os lados da moeda: solteiros, comprometidos, casados, viúvos, etc. É um pouco como “tudo o que vem à rede é peixe”.

 A questão é que é mesmo e tem vantagens.

    Em primeiro lugar, não é preciso gastar rios de dinheiro em jantares e idas ao cinema. Basta, simplesmente usar o chavão mais que batido do “vamos ali ver um DVD” e está colocada a palavra passe. E a melhor parte de todas: é grátis e sem compromisso. Não é preciso levar com mensagens no dia seguinte com “cada vez gosto mais de ti”, mas sim:

                 “grande queca, se quiseres repetir, liga-me”.


    Em segundo lugar quero reforçar o sem compromisso. Além de ser gratuito, é feito porque a outra pessoa também quer. E é por isto que não vou nem nunca irei a prostitutas. Primeiro porque tenho de pagar, o que é chato, e depois porque a senhora já vai ter o compromisso de me satisfazer. Nem que seja a custo, enquanto me engole o Manel e tem cara de estar a ter o pior dia da vida dela. Se calhar até é, mas fiquemos por aqui.

    Além da gratuidade já falada, é também um pretexto para comer as(os) melhores amigas(os). Segundo o que dizem os estudos – finalmente um que me agrada -, fazer sexo sem compromisso ajuda a melhorar as relações entre amigos. E há quem já o tenha feito e confirmado a veracidade desta afirmação. Por isso, não é necessário a desculpa dos sentimentos dúbios ou algo do género. É apenas sexo feito de livre e espontânea verdade.

    Com uns copos a mais ou não, serve para aliviar o desejo sexual para quem não está num relação, ou quer apenas escolher o momento que se quer divertir. Muitos de nós queremos o mesmo, e não vale a pena perder tempo a dizer que não.

                     
         É como estar a ser violado.
                  Se não há como fugir, mais vale aproveitar.

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