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Depilação Completa:
Sim ou Não?!

Romeu

Por: David Pereira

Julieta

Por: Lúcia Pais

    Um homem perfeito vai de um pêlo de distância entre o Michael Phelps e o Tony Ramos. Se queriam já saber a minha opinião sobre o assunto que continua a perturbar a consciência humana, não precisam de ler mais isto. Para quem está interessado em decifrar, o melhor é mesmo continuar a ler.

 

    É que este é mesmo um assunto flagrante na nossa sociedade. Um daqueles objetos de estudo que merecia uma tese sobre o tema. No outro dia, lá no trabalho, surgiu o assunto já depois de saber que iria ter que escrever algo sobre pêlos, homens e cera. E aproveitei a deixa para perceber o que é que as mulheres realmente gostam. Ficámos cinco contra três: parece que a moda agora é mesmo querer o homem sem penugem.

 

    Já eu sou contra a maioria! Onde já se viu, um homem sem pêlos nas pernas e com “canetas” de menina? Ou sem aquele caminho? Sim aquele mesmo que estão a pensar, o caminho da felicidade que costuma fazer-vos bem...mais felizes. Não percebo, juro que não percebo.

 

    Mas calma. Não me acusem de querer impingir-vos a imagem de um verdadeiro Tony Ramos como o homem perfeito para todas nós. Como em tudo, nesta coisa do natural vs. depilado, também à conta, pêlo e medida! E são três as áreas onde afinal, o pêlo não é assim tão porreiro: costas (absolutamente não), axilas (não é a melhor visão num dia romântico de praia) e peito (vá, neste também não se morre por existirem, caso não estejamos a falar de um Macaco Adriano, e até dá para se aguentar bem).

    No fundo, o assunto do pêlo masculino acaba por ser sempre muito relativo. A verdade é que se a tua namorada te diz que te quer ver depilado, não é porque ela acha que fiques melhor: é mesmo porque ela quer que sofras na pele aquilo que ela já sofre desde o início da adolescência. E se és rapariga, olha, pensa bem antes de entregares o número da tua esteticista ao teu namorado. Até porque depois ela vai saber quem realmente tem mais pêlo lá por casa.

    O termo “depilar” é simplesmente o ato de extrair intencionalmente os pelos corporais, de forma perentória ou provisória.

           

    As mulheres em geral depilam as axilas, pernas e virilha, enquanto algumas vão mais além e retiram os pelos dos braços, glúteos, seios, depilação anal e uma penugem que insiste em nascer entre o nariz e o lábio superior, aquilo que em nós homens chamamos de bigode.

        

    A depilação em regiões consideradas íntimas durante longos anos foi tomado como tabu, mas hoje em dia, até podemos brincar como o assunto como venho aqui fazer.

    

    Após alguma pesquisa, descobri que estes estilos variam de acordo com cada cultura. A depilação completa do tipo “lisinha” é a preferida por 68,05% dos homens sendo a mulheres brasileiras as pioneiras desta prática a que nós homens desde já agradecemos condignamente. Segundo os entrevistados (amigos e especialistas na matéria como eles próprios se intitulam), afirmam que a versão da região púbica sem pelos é mais atraente porque facilita a prática do sexo oral e o estímulo visual, ou seja, um enorme caminho para a felicidade do Homem.

           

    O tipo moicano, também conhecido como depilação bigodinho, mantém apenas uma faixa de pelo e é o segundo mais sensual na opinião deles, com 22,75% da preferência. Também pode ser chamado de “Bigode de Hitler”, por vezes, “Bigode de Chaplin”, sendo esta, mais usual nas mulheres francesas considerado para muitos uma verdadeira “pista de pouso”.

 

    Apenas 4,75% disseram preferir depilações divertidas, adotadas desta vez por mulheres mais liberais exigindo um cuidado para a manutenção do formato em menor tempo: como o coração, as Asas de Águia, a seta para cima, seta para baixo, o sinal de interrogação, o “X”, a Estrela, o Coelho Playboy, dentre outros tantos formatos muito criativos e engraçados. 

           

    Por último, 4,45% dos homens dizem que gostam das mulheres que não depilam a área íntima, enfim, pessoas que gostam de “escarafunchar no mexilhão de forma javarda no meio da selva amazónica” o que se há-de fazer? É à vontade do freguês… 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

Conseguias Viver Sem Tecnologia?!

Por: Pedro Louro

Romeu

    Smartphones, computadores, Wi-Fi, tablets, veículos movidos a cocó, carrinhos telecomandados em marte, nada disto é estranho nos dias que correm. Parece já não haver mais para inventar, já existe tudo: máquinas para lavar tudo, máquinas para cortar tudo, máquinas para fazer tudo, máquinas para tudo (basta ver as televendas). No entanto, estalam-se os dedos e aparece mais uma nova tecnologia, que rapidamente deixa de ser novidade porque já existe outra mais recente.

 

    Parecem moscas, mas durante o ano inteiro: são muitas e ninguém sabe ao certo de onde vêm – vêm de todo o lado. Estamos rodeados de máquinas para o que quer que seja, estamos sufocados por tecnologia.

Seria a sociedade contemporânea capaz de viver sem tantas “moscas”?

 

    A vida tornou-se mais fácil com toda esta tecnologia: não preciso de um mapa porque tenho um smartphone, que para além das habituais chamadas e mensagens ao alcance dos mais ordinários telemóveis, faz também de substituto de um computador (posso jogar Candy Crush em todo o lado, basicamente). Tudo parece ser mais simples, mais rápido, melhor. Parece e é: tão bom não ter que ouvir o terrífico ruído do modem durante horas, como aconteceu durante todo esse tempo perdido no Hi5 e no miniclip. Agora basta um smartphone, Wi-Fi ou dados móveis e estou conectado com o mundo.

 

    A evolução da tecnologia aparenta ser bastante recente graças a um grande avanço nos últimos 20 anos, mas recuemos mais alguns anos. O que terá a humanidade pensado sobre a tecnologia durante a corrida ao espaço entre os EUA e a URSS? E quando uma bomba foi capaz de dizimar uma cidade inteira? E quando foram inventados carros? E na revolução industrial? Apesar de uma associação quase instintiva ao presente, à era digital, a tecnologia está longe de ser algo hodierno.

 

    Alguma vez te perguntaste qual foi a primeira tecnologia na história da humanidade? Eu respondo, foi o fogo.

 

    Por muito avançada que esteja no presente, a tecnologia é, de um modo simplista, a utilização de coisas… para fazer coisas: o fogo para cozinhar e assustar animais selvagens, ferramentas de pedra para caçar, o smartphone para jogar Candy Crush. Toda esta conversa chata sobre história dá-nos a resposta à pergunta levantada pelo Xisgraviz: “conseguias viver sem tecnologia?”. Sem internet, telemóveis e coisas parecidas, sim, teria que me habituar, mas com certeza que não morreria por isso. Mas viver sem tecnologia? Não, claro que não. Aliás, a resposta parece-me bastante óbvia após a pequena aula de história. É precisamente no seguimento da aula que pergunto eu: existiria humanidade sem tecnologia? 

   

Por: Diana Cavadas

Julieta

    Parece que quanto mais a nossa sociedade avança em progresso tecnológico, mais aceso fica o debate sobre os benefícios e malefícios desse mesmo progresso. Eu sou, regra geral, da opinião que tudo o que é de mais faz mal, mas neste assunto consigo dar uma resposta rápida e consistente: não, eu não conseguia viver sem tecnologia (sendo que neste caso uso a palavra “viver” com o significado de “ter uma vida funcional e saudável”). A razão para isto é na verdade é muito simples.

 

    Por um lado, faço parte da geração que literalmente cresceu com estes avanços tecnológicos. Eles fizeram parte da nossa vida e de certa forma até nos moldaram como pessoas. A verdade é que acabamos por ter uma ligação mais forte às tecnologias do que as pessoas da geração anterior, porque as vivenciamos de forma diferente e mais próxima.

 

    Por outro lado, as vantagens que me trazem estas tecnologias ultrapassam por muito as desvantagens. Embora eu não negue de todo a existência de pontos negativos, a verdade é que as tecnologias que possuímos hoje permitem-nos uma forma de comunicação absolutamente fantástica e que seria impensável há umas décadas atrás.

 

    Fazer amigos de outro lado do mundo? Check. Matar saudades de amigos e familiares que estão longe? Check. Aceder a informações sobre virtualmente qualquer assunto alguma vez pensado por alguém? Check. As possibilidades são quase infinitas. E muito embora eu até entenda o ponto de vista que defende que a tecnologia está a fazer mal às pessoas por as afastar da realidade, a verdade é que se calhar está a aproximá-las mais da realidade delas.

 

    Se calhar quando vemos 10 pessoas juntas num comboio, cada uma a olhar para o seu smartphone ou tablet, elas não estão a evitar contacto interpessoal. Se calhar uma delas está a ver e a falar com alguém que ama e que já não via há muito tempo. Se calhar outra está a ler um livro que adora mas que não pode carregar em formato físico porque a mochila fica demasiado pesada. Se calhar outra está a estudar os slides para o teste do dia a seguir, ou a ler as notícias do dia, ou a ver aquele vídeo engraçado que um amigo lhe mandou.

 

    O facto de se estar a olhar para um ecrã não significa necessariamente que não se esteja a viver na realidade. Se calhar está é a chegar a altura de se começar a aceitar que é a própria Realidade que está a mudar.

 

 

  

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