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Teaser X!Z
Semana Académica AAUBI 2015 

Teaser 3

    E chegou ao fim mais uma Semana Académica AAUBI!!
    Deixa-me adivinhar...Foste para a Anil de autocarro e mesmo estando tonto gritaste em plenos pulmões "Rotiunda, Rotiunda, Rotiunda"?! ;)

    Este é um "Até para o ano" do X!Z na semana mais louca da Covilhã !
    Até lá, vamos continuar a Marcar o lugar!!! :)

 

Teaser 2

    Fazes massa com atum (ou salsichas, dependendo dos gostos), convidas mil amigos lá para casa, enches o frigorífico de álcool, começas o jogos que servem apenas e só para beberes (bebes ou bebes, agora escolhe!) e rezas para que os vizinhos de baixo não chamem a polícia!!!


    X!Z Marca o lugar, também nos jantares que antecedem a tua ida para a Anil!!!

 

Teaser 1

    A primeira noite é sempre a mais complicada...

    E tu, lembras-te da tua? Não faz mal, o X!Z ajuda-te ;)


    Nesta Semana Académica AAUBI o X!Z já marcou literalmente o lugar. :D

IV TUNANCE
(Ancede, Baião)

    Nos dias 10 e 11 de Abril, Ancede (Baião) será invadida pelo espírito académico e contará com a presença de algumas tunas do Porto para esta que será a 4ª edição do Tunance.

    O X!Z Marca o lugar, por isso marca tu também o teu em Ancede!! Não podes faltar ;)

À Conversa Com...
Pedro Rodrigues

 

    Pedro Miguel Pimentel Rodrigues, nascido a 1 de Março de 1987 na Cova da Gala – Figueira da Foz. O jovem escritor que tem tirado as palavras a todas as pessoas que seguem a sua escrita ouve e lê muitas vezes comentários como “parece que lês os meus pensamentos.”

 

    “Era um menino de missas ao domingo e futebol ao sábado”, diz. De uma infância pacata, o gosto por escrever vem desde cedo: “Houve uma vez que até uma professora minha reparou que tinha escrito uma composição bastante complexa para a minha idade”, conta. Foi essa professora que Pedro ainda lembra nos dias de hoje, que o incentivou a participar em concursos de poesia na escola.

 

    “Imaginava bastante e adorava legos.” É um Pedro que desde sempre teve a capacidade de se abstrair da realidade e criar algo dele.                                                                    

Foto de: Pedro Agostinho Cruz

    Para além da escrita a engenharia civil é a sua “segurança” uma vez que acha que o mundo das artes é muito difícil.

   
    Escrever faz parte da vida do Pedro desde miúdo, escrevia e mostrava o que escrevia. No 10º ano quando escolheu as ciências em vez das artes continuou a escrever mas “para as gavetas”.

 

    Porquê para as gavetas? (perguntam vocês)

 

    Pedro perde a avó aos 19 anos de idade, deixou os poemas da escola e começou a escrever para a avó, viu nas palavras não uma maneira de ultrapassar a morte dela porque “nunca ajudará a ultrapassar, ela um dia esteve e agora não está mais” mas fez-lhe bem porque viu na escrita uma terapia. Ainda hoje escreve dela e para ela porque quer que seja lembrada.

 

    Quando confrontado com a pergunta: Foi a partir dos 19 anos, após a morte da tua avó que começaste a escrever com mais maturidade? Daí o teu foco na escrita ser o amor, a solidão? Dos sentimentos mais fortes que existem? Pedro responde que foi a partir dali que percebeu que existe uma linha ténue, uma linha muito fina que separa a vida da morte. “Nunca tinha perdido ninguém e a partir dali percebi que nada é para sempre”, confessa.

    “Hei-de amar uma puta” o primeiro livro de Pedro Rodrigues, um ensaio sobre a solidão, lançado no ano de 2014 começou a ser pensado desde a morte da sua avó, porque o marcou como pessoa e como escritor.

    Um título demasiado forte que mostra a revolta sentida pelo jovem que teve sempre como pensamento chave uma frase de Raquel Freire:

 

  “Quando perdes o que há para perder, o que te faz continuar?”

Foto de: Pedro Agostinho Cruz

    E o que fez continuar o Pedro Rodrigues?

 

    Diz que foi “tudo o que ficou, a necessidade de estar presente para quem fica” e conclui este pensamento dizendo que o amor é o motor.

 

    Mas, acreditará ele que o amor existe quando é ele que defende e acredita que nada é para sempre?

    A resposta foi a seguinte: “Um carro também não é para sempre, mas no entanto precisa de andar. O amor é algo demasiado complexo e no entanto, parece tão simples. Tenho bons exemplos em casa. A minha avó morreu e todos os dias, faça chuva ou faça sol, o meu avô vai cemitério beijar a fotografia da minha avó. Se o amor não é o motor, não sei o que será?

 

    Com esta conclusão o jovem escritor entrou num outro campo no qual insiste bastante na sua escrita: a banalização do amor. Para o autor do livro “Hei-de amar uma puta” existe muita banalização do amor como existe de muitas outras coisas nos dias de hoje mas avança que “desconfio do Homem, não desconfio dos sentimentos”, confessa. Para Pedro há quem ame.
    

    Numa conversa que foi seguindo com bastante naturalidade, Pedro mostra que não tem medo de usar os seus sentimentos, a maneira como vê o Mundo nas suas palavras. Escreve com base no que vê, no que acontece no mundo, no que ouve e depois usa tudo o que sente perante tudo, afinal “trabalho com os sentimentos, algo anterior às palavras.”

 

    O Pedro também tem defeitos e não defende a ideia romântica que muita gente criou à sua volta. Um jovem fiel a si mesmo admite que por ser mais conhecido agora não esquece as origens nem aquilo que é.

 

    Tem como referências bibliográficas, António Lobo Antunes, Saramago, Gonçalo M. Tavares, Bukowski  e Ondjaki. Está solteiro e apaixonado pela sua solteirice, avança ainda que precisa de estar sozinho “para criar sem me preocupar.”

    Como referências musicais Pink Floyd, a música “Wish you were here” e “When the levee breaks” dos Led Zepplin, escolher uma delas “seria um crime”, diz Pedro.

 

    “Vivemos ao avesso. Guardamos as mágoas e mostramos os sorrisos” – um pensamento de Pedro Rodrigues que quando lhe pedi para mo “descomplicar” ele defendeu que se deve guardar o que é bom e mostrar o que é mau. “Por vezes sorrimos quando estamos tristes, só para criar fachadas”, um pensamento que Pedro não defende e talvez seja por isso que ouve tantas vezes a famosa frase que já mencionei anteriormente: “parece que lês os meus pensamentos”.

 

    Pedro Rodrigues, o jovem escritor que já lançou o seu primeiro livro escreve sem filtros, sem medos e com sinceridade no coração, na cabeça e na mão com que pega na caneta para começar algo novo, com história. É esse o segredo: ter história. Fazer história.

"Somos uns guerreiros do caraças não somos?"


Por: Lara Silva

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